"Quero que Lula morra", diz deputado federal em sessão da Câmara
A fala ocorreu durante a discussão do PL 4.012/2023, que propõe proibir o uso de armas de fogo pelos agentes responsáveis pela segurança do presidente
Por José Coutinho | 09/04/2025 08:45 - Atualizada às 09/04/2025 11:42

Reprodução
Gilvan da Federal (PL-ES) diz que deseja a morte do presidente Lula
O deputado federal Gilvan da Federal (PL-ES) afirmou nesta terça-feira (8) que “gostaria de ver Lula morto”. A declaração contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi feita durante sessão da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara dos Deputados.
A fala ocorreu durante a discussão do Projeto de Lei 4.012/2023, que propõe proibir o uso de armas de fogo pelos agentes responsáveis pela segurança do presidente da República e de ministros de Estado. Gilvan foi o relator do texto, que acabou aprovado na comissão.
“Eu quero mais que o Lula morra. Quero que ele vá para o quinto dos infernos, é um direito meu. Não vou dizer que vou matar, mas quero que ele morra, que vá para o quinto dos infernos. Nem o diabo quer o Lula, por isso que ele está vivendo aí. Superou o câncer. Tomara que ele tenha uma taquicardia, porque nem o diabo quer a desgraça desse presidente que está afundando o país”, disse o parlamentar.
Veja o vídeo:
O projeto é de autoria dos deputados Delegado Paulo Bilynskyj (PL-SP) e Delegado Caveira (PL-PA). Segundo eles, a proposta busca alinhar a segurança do presidente e de ministros à “cultura de paz” defendida pelo governo federal.
Gilvan da Federal, no entanto, argumentou que a medida é necessária para “adequar a segurança das autoridades à realidade imposta ao cidadão comum”. Para ele, o governo prega o desarmamento da população enquanto mantém segurança armada para seus integrantes.
“O atual governo prega o desarmamento do cidadão, apesar da posição contrária da maioria esmagadora da sociedade expressa no referendo sobre armas de fogo de 2005, impedindo o cidadão de exercer o direito à legítima defesa”, afirmou.
O projeto tramita em caráter conclusivo e será analisado ainda pelas comissões de Administração e Serviço Público e de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ). Depois, seguirá para votação no Senado.
Até o momento, o presidente Lula não se manifestou sobre as declarações.